Este artigo escrito por Laurindo Leal Filho retrata a
situação da televisão brasileira, em especial os telejornais, da hora do
almoço, que muita vezes acabam por levar ao telespectador uma verdadeira
carnificina ao vivo em plena hora da refeição. Ele afirma que apesar das
dificuldades de deslocamento em virtude da rotina agitada ainda existem muitas
pessoas que almoçam em casa, ou almoçam em outro lugar, com a TV ligada.
Laurindo começa falando sobre uma atitude, que eu
considero extremamente absurda, que é a exibição de justiceiros arrastando um
homem para a morte, com o som dos seus apelos desesperados pela vida, das
ordens de atirar dos tiros, das recomendações para crianças saírem de perto e
das chamas consumindo a vítima. As citadas imagens foram exibidas no programa
Cardinot Aqui na Clube, na TV Clube do Recife. É vergonhoso ver tal coisa ser
exibida na televisão, ainda mais em horário do almoço. Segundo Laurindo, a
situação se repete em outros “telejornais” da região nordeste, como o Plantão
190 da TV Jornal em Pernambuco e o Ronda Geral da TV Tribuna. Cito ainda como
exemplo as diversas versões do Balanço Geral, da Rede Record, espalhadas pelo
país.
Assim como diz o autor do artigo eu acredito que não é
porque tal fato acontece (as notícias policiais graves, por exemplo) que deve
ser explorado, espremido, torcido até literalmente sair sangue. Existe a
liberdade de imprensa, existe. Mas os jornalistas devem fazer o bom uso dela
para passar a informação de uma forma menos agressiva. Porém, o que vemos nesse
estilo de telejornais (ou telebarracos/teleapelativos, como preferir) é um
apresentador “saltitante”, que geralmente tem uma voz aguda e que fica berrando
o tempo todo e quase sempre repetindo a mesma “notícia” por um bom tempo. O
resultado é uma atração que assusta o telespectador e faz com que a refeição
seja totalmente indigesta.
É preciso que o público reaja contra este tipo de atração
na televisão e pare de assistir este tipo de conteúdo, porque na minha opinião
se tem algo na televisão e ele continua a ser exibido é porque tem quem
assista. Porque como disse o autor do artigo, o público muitas vezes gosta de
baixarias, e se o povo gosta, está na TV.
Veja alguns exemplos do que eu tô falando: